segunda-feira, 4 de junho de 2012

Quartéis Terão Vigilantes Particulares

Até que enfim apareceu algum luminar para tomar essa iniciativa. Proteção de próprios públicos ou privada deve ser coisa de segurança privada. Quem cuida dos prédios da Polícia Federal é segurança privada. Quem cuida do prédio da NYPD (Polícia de Nova Iorque), é segurança privada. O policial é um profissional formado para o combate ao crime, seja pela prevenção, seja pela repressão. Na medida em que se põe um policial para cuidar de prédio, ele perde o felling de policial. Seu sentido aguçado sobre o crime, o dia-a-dia da rua cai por terra. Fora isso, há uma perda natural de interesse, principalmente por ser muito mais seguro trabalhar interno, cuidando de prédio que estar na rua, sujeito a se envolver em ocorrências graves, troca de tiros, entre outras. Outra coisa extremamente importante a considerar, é o custo direto de um policial, que é, no mínimo três vezes o custo de um vigilante. Se levar em consideração a lei de responsabilidade fiscal, aí é que a coisa fica mais grave, porque um vigilante tem um custo para o estado de 30 anos. A partir do momento que se aposenta, vai para a vala comum do INSS, ou seja, o ônus é do sistema previdenciário. Já, o funcionário público, mesmo depois de aposentado, pesa na folha de pagamento do estado, comprometendo seu orçamento com pessoal e reduzindo a margem de endividamento. Segue abaixo, na íntegra, a matéria sobre vigilantes nos quartéis. Que outros comandantes possam ler essa matéria e seguir o exemplo.

DF: quartéis terão vigilantes particulares

Iniciativa é inédita no país e, de acordo com o Comando, vai liberar cerca de 1,4 mil policiais para rondas ostensivas
     A Polícia Militar encaminhou pedido à Secretaria de Planejamento para ser incluída no edital de serviços de vigilância que o Governo do Distrito Federal prepara. Inédita no país, a ideia é que uma empresa privada assuma a segurança dos quartéis e dos postos comunitários da PM.
“É uma maneira de liberar nosso efetivo para a atividade-fim: proteger a população", afirma o coronel José Ricardo Cintra, comandante da Academia de Polícia, que foi encarregado pelo Comando de tocar o projeto de terceirização.
     Cintra garante que a Polícia Federal já adota o modelo com sucesso. “O projeto traz enconomia ao Estado, pois é mais barato contratar um vigilante que um policial militar”, defende o coronel.
Nas contas da PM, será possível liberar 1,4 mil soldados que hoje tomam conta de 221 unidades policiais, sendo 171 delas postos de vigilância comunitária. “Não faz sentido manter um policial vigiando um posto comunitário, é melhor que vigilantes cuidem do patrimônio e que os policiais atendam à população", afirma Cintra.
     A PM não sabe quanto a novidade custará, mas dá como certa a economia por conta das diferenças salariais. O salário base de um PM no DF é R$ 4,2 mil, enquanto o piso dos vigilantes corresponde a R$ 1,5 mil.
     A expectativa da PM é de que até o fim do ano as empresas de vigilância estejam contratadas. O assunto é encarado com ressalvas pela sociedade civil. “É tapar o sol com a peneira. A PM precisa é aumentar o efetivo”, afirma o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Brasília, Saulo Santiago.
     Santiago sustenta ainda que a terceirização da Ciade (Central Integrada de Atendimento e Despacho) não deu certo. “Segurança pública é assunto muito sério. Tem de ser feita por pessoal treinado para isso”, avalia.

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